segunda-feira, 19 de outubro de 2015

O pior vilao


Semana passada foi um caos. Minha vida para variar, esta uma baderna e estando em estado de recuperação, não me dou uma folga. E foi nesse dia de terça feira, na bicicleta, indo ao trabalho ouvindo living on a prayer que eu percebi que estava sem vilões. Tá. espera ai Rhaego. Como assim vilões? Então querido leitor, sou o tipo de pessoa super legal, simpático, educado e mantenho a política de boa vizinhança a todo custo. A quem chame isso de falsidade, mas não acho que seja. Ex:. Se B me fala de A não me apetece correr ate A e dizer as coisas que B disse. Assim como não vou ficar de mal com nenhum dos dois. Bem esse é um dos meus pontos de vista. Não é irredutível e não estou imune a fazer isso (afinal eu sou um Ser Human mothafucka.).

A questão é que por ser exatamente tão pacifico, educado e engolir sapos por causa de minha complacência, enfim não externalizar diversos sentimentos e frustrações com pessoas que eu crio meus “vilões”. São elas as pessoas que me irritam, me fazem mal, me deixam triste e coisas do gênero. é ai que minha imaginação entra em operação e em cima de um uma bike, ouvindo living on a prayer eu luto batalhas épicas e bem coreografadas com meus vilões (ao estilo final fantasy). Mas nesse dia, nessa terça feira eu não tive um vilão. Por mais que eu procurasse, que eu quisesse. Não tinha mais ninguém que se encaixasse no papel.

Mesmo com as dificuldades no trabalho não tinha um vilão mais lá. Tem aqueles ex-amigos (se é que um dia já foram) que também não cabiam no cargo. E nem mesmo aquele velho inimigo de infância (da minha, por que o vilão em questão é cavalo velho). Não tinha. Não importa o quanto eu procurasse. Eu não conseguia encontrar alguém pra culpar. Não tinha ninguém. Eu então percebi que nesse momento, essa técnica que eu estava usando era completamente errada. Não tinha nenhum vilão que não fosse eu. Eu era meu próprio vilão. Todas as vezes que fui permissivo, infantil, precipitado, impulsivo, ou ate mesmo confiando demais. Era tudo culpa minha. Por que mesmo as pessoas fazendo algo de ruim comigo, eu era responsável por ter permitido.

Passei por muita evolução nos últimos meses e minha ultima pequena epifânia  foi perceber que (eu já sabia) só eu sou responsável pelo meu caminho e minha felicidade. Mesmo com todas as dificuldades, as pessoas dizendo que eu não conseguirei e falta de apoio de alguns familiares (há aqueles que pra mim não existem mais) eu não vou desistir. Sim sou teimoso, e há quem me chame de orgulhoso. Não vou desistir de meus sonhos, de minhas metas não importa o quão difícil pareça. Eu sou a única pessoa que pode atrapalhar meus planos.  Não A, não B e muito mesmo C. somente eu posso me responsabilizar e aceitar as consequências de minhas escolhas. Porque isso é ser adulto e isso é só o começo.


Agora vai ser assim. Os velhos vilões estão nas prisões, e meu outro eu? Essa será uma guerra eterna, que depende inteiramente de mim escolher o vencedor. Mas que eu posso ganhar as batalhas eu posso. É só não desistir. Afinal de contas quanto mais difícil, melhor é o jogo. ou não.